Durante a fermentação as leveduras transformam o açúcar da uva em álcool, CO2 e calor. Mas sempre resta algum açúcar no vinho final. Isso é chamado tecnicamente de "açúcar residual". Dependendo da sua concentração o vinho será classificado em:
- extrasseco
- seco
- meio seco
- meio doce
- doce
O conteúdo de açúcar pode varia de 1 grama a 200 gramas por litro.
O preconceito vem do fato que historicamente a maioria dos vinhos baratos sempre tinha muito açúcar residual pois ele "mascara" qualquer imperfeição.
Com a evolução da indústria, a melhora global da qualidade e a sofisticação do mercado consumidor criou-se a pecha do "vinho docinho".
A lista de doces que todo ser humano deveria provar antes de morrer é grande: brancos alemães (Trockenbeerenauslese), Sauternes, vinhos do Porto, Tokay, vinhos da Madeira e por aí vai.
O Chateau D´Yquem é um vinho tão raro e tão difícil de ser feito que as poucas garrafas produzidas são vendidas antes mesmo de sair de Sauternes, em Bordeaux. Em alguns anos ele nem é produzido, caso não ocorram todas as condições necessárias (mas isso é história para outro post). Eu tive o privilégio de tomar um da safra 1975 no ano de 2010. Trinta e cinco anos na garrafa e ao ser aberto conservava um frescor, uma doçura e aromas que nunca esquecerei. Segue a prova. Uma garrafa dessas a gente tem de guardar: